domingo, 9 de setembro de 2012

Reflexões a partir de uma formiga

Lá vem a formiga, carregando uma folha, se preparando para o inverno que vai chegar
E eu me pergunto antes de pisa-la: Será que ela sabe que vai morrer agora ? Será que ela entende que passou meses de sua vida poupando, trabalhando duro, para no final de tudo morrer ?
Ela se preocupou tanto com o futuro, que se esqueceu que a vida se passa no presente, o futuro é apenas uma projeção mental
Veja bem, não é para deixar de se preocupar com o futuro, o problema está em pensar que se tem controle sobre ele
Quantas ótimas oportunidades a formiga perdeu em troca de perseguir um objetivo ?
Não é que não se deva ter um foco, mas esquecemos que a vida é uma escola
E que quando limitamos a nossa visão, perdermos coisas maravilhosas, que por vezes estão ao nosso alcance, mas estamos demasiadamente bitolados
E toda essa introspecção aconteceu em uma fração de segundos antes de pisa-la
Agradeci a formiga pela sabedoria transmitida, e decidi deixa-la viver...Afinal, todos merecemos uma chance de recomeçar.

Peidar é um tabu

Todos nós peidamos, mas ninguém fala sobre isso, a não ser em tom de brincadeira
Mas numa reunião ou em um jantar formal, peidar é um tabu
O que muitos esquecem é que a vontade de peidar, não escolhe momento, ela simplesmente acontece
E você para manter a pose e não se passar por um porco(a) prende o peido, para solta-lo em um momento oportuno
Convenhamos que isso é horrivel, o estômago parece que incha, sua barriga começa a fazer barulhos, e logo logo o peido quer sair denovo
Não seria belo se todos liberassem os intestinos sem preocupações? Afinal, peidar é normal e todos fazem
Só que ai, vem os hipócritas para dizer que é falta de educação, que o mal cheiro é desagradável e que se todos peidassem sem restrições, viveriamos em um mundo fétido, como um lixão
Mas... já não tratamos o mundo como um ? Porém, isso é assunto para outra poesia
Por hora, me limito a dizer: Peidar é um tabu.

Epifanias Cotidianas

Puro ardor em meu peito
Essa dor me cega, sinto que não tem mais jeito
Me pego pensando no passado pueril
Sonhos de crianças, que agora são vazios
Da vida o meu lamento, é saber que agora se acaba o meu tempo
Tempo este que fiquei ficcionado em perserguir objetivos mesquinhos
Que me deixam em desalinho e que trazem marcas do passado
Lamentações que não me deixam descançar
Espere...uma epifania está a me alcançar
Agora eu vejo, e tudo eu entendo, o melho lugar para pensar é aqui: cagando e escrevendo.

O presidente morreu

O presidente adoeceu, puta que pariu, o presidente adoeceu
Eu adoeci, puta que pariu, eu adoeci
Eu vou morrer, puta que pariu, eu vou morrer...já fui esquecido, puta que pariu, já fui esquecido
O presidente morreu, puta que pariu, agora ele é icone